domingo, 12 de julho de 2009

Confira trecho da entrevista de Ivete para revista Rolling Stone Brasil


Em pode entrar, recém lançados CD e DVD, Ivete Sangalo recebe convidados para uma gravação realizada em um estúdio montado no apartamento da cantora, em Salvador. Apesar de ser basicamente concentrado na música, o especial (exibido e concebido pelo canal pago Multishow) mostra um pouco da intimidade da baiana. Enquanto seguia para o aeroporto para mais uma viagem, Ivete conversou pelo telefone sobre assédio, supostas rixas, o sonho de gravar com Stevie Wonder e a polêmica da Lei Rouanet (o nome da artista voltou a ser citado nos debates sobre artistas bem sucedidos que teoricamente não precisariam do apoio dessa lei, mas que a usam mesmo assim).

Você sente que tem liberdade para fazer tudo o que você quiser sem ser perturbada?
Depende do que você diz com “ser perturbada”. O assédio não me incomoda e acho que as pessoas entendem… É o seguinte: quando você vai para a rua querendo ser notado e ovacionado, você vai e tem que se preparar para isso. As pessoas me conhecem e não é nenhum incômodo o assédio pra cima de mim. Eu tenho noção dos limites do meu ir e vir em determinadas circunstâncias. E existem várias maneiras de chegar a esses lugares e ter privacidade, mesmo [que seja] uma privacidade vigiada. Não pode ter tudo também. Toda essa coisa é uma renúncia. Eu e umas amigas minhas estávamos conversando e elas disseram: “Coitada de Ivete, não pode nem ir ao supermercado”. Eu disse: “É, coitada de mim, não posso nem ir ao supermercado, não posso ir à feira, só posso ir ao supermercado em Nova York…” Ah, coitada de mim? Coitada de quem tem que ir ao supermercado todo dia…

Imagens do DVD novo mostram que você, se quisesse, não precisaria sair de casa: você tem um estúdio lá, faz as unhas lá - as pessoas vão até você. Você não pensa que pode ficar muito isolada?
Não, isso é um ato que eu herdei da minha mãe: ela fazia a unha em casa… Mas eu não me influencio com isso, porque da mesma maneira que eu faço em casa, eu faço na rua a qualquer hora, entendeu? Não é u m cacoete. Eu fiz um estúdio em casa porque eu não aguentava mais ficar com amigdalite no estúdio alheio - é tanto ácaro, tanta coisa que pensei: “Vou fazer um da minha maneira”.

Você lê esta matéria na íntegra na edição 34, julho/2009
Fonte: Site Revista Rolling Stone

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