sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Confira a entrevista feita por um jornal de Portugal com Ivete Sangalo

O novo disco sucede à música infantil, em “Veveta e Saulinho - A Casa Amarela”. É importante para si ir-se reinventando e experimentando estilos musicais novos?

Não é premeditado. É natural para mim estar em movimento. Gosto disso, mexe comigo, com a minha força.

Pensa que ainda terá de passar por várias transformações a nível musical?

Não sei. Isso não deve ser uma obrigação, mas sim um movimento sempre natural, senão, perde o sentido.

Há algum sonho que ainda queira realizar?

Pretendo gravar, no próximo ano, um DVD no Madison Square Garden, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. Vamos fazer a alegria dos brasileiros que vivem por lá e por aqui, no Brasil.

Junta-se, neste álbum, a vários outros artistas. Como foi a experiência de gravar com cantores como Maria Bethânia, Lulu Santos, Marcelo Camelo e Carlinhos Brown? O que trouxeram eles para o CD?

Era um sonho tê-los pertinho de mim. Pensei que seria gradual e devagar, mas consegui, neste projecto, ter toda esta turma de uma só vez, podendo viajar para lugares incríveis. Eles trouxeram, além do talento, uma força para o meu projecto que, talvez, se fosse noutra situação, a gente teria perdido parte disso. Foi lindo. Cada voz, cada gesto, cada olhar… Ai, uma delicia.

O que é que este álbum traz de novo à sua carreira?

Cada coisa que faço faz-me crescer como cantora e como pessoa. Aprende-se muito com a música e com os parceiros. Este DVD é uma viagem de amigos que querem chegar juntos ao mundo mágico da música.

Quais são as influências do novo álbum?

Todas. Tem uma mistura de influências que guardo no meu coração. Desde o forró ao rock, gosto de tudo. Sou brasileira e temos por aqui uma diversidade que preenche qualquer coração. O meu é grande e nele cabe tudo isso. Estou ainda mais criativa e mais feliz. Todas as faixas têm uma fonte inesgotável de inspiração. Gosto de tudo que fizemos. Sei que tive o melhor dos convidados e a música fluiu de maneira especial.

O primeiro single intitula-se “Agora eu já sei”. Por que razão foi o tema escolhido como cartão de visita do álbum?

Foi por votação. A banda, o produtor, que é o Alexandre Lins, a família toda escolhemos juntos e está aí. Essa canção é minha em parceria com o Gigi, baixista da minha banda.

A que se deve a decisão de gravar o disco em sua casa?

O ambiente doméstico mantém as pessoas num clima de tranquilidade. Estar em casa, poder receber músicos, equipa e convidados com essa energia foi muito bom.

Porquê o nome “Pode entrar”? Precisamente, por ter a ver com o facto de o CD e o DVD terem sido gravados na sua casa, num ambiente mais familiar e acolhedor?

Entro na casa dos meus fãs já faz muito tempo e achei muito justo trazer a turma para dentro do meu cantinho.

É um grande estímulo para a sua música saber que é muito querida pelos públicos brasileiro e português?

Demais. Portugal é uma grande fonte de boas energias para mim. Todas as vezes em que estou por Portugal, sinto-me maior e melhor.

Qual o momento que mais a marcou na carreira, até à data?

Você nem imagina o quanto me emociono a cada espectáculo. É o momento de maior felicidade pra mim, ouvir as vozes dos meus fãs cantando junto comigo. Isso é incrivel. Amo o que faço.

Como é que mantém a energia que a caracteriza?

O amor do meu público é, sem dúvida, o maior combustível que posso ter. Faço a minha parte também, não é? Treino diariamente para estar bem e sou uma pessoa muito ligada a Deus.

Fonte: Jornal de Notícias (Portugal)

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